Em um belo dia, na escola, Clara descobriu que faria um estudo do meio.
Levou protetor, boné, um bloco de anotações, máquina fotográfica, mas o único problema era que a cidade não possuía nome algum.
Então, foi para a cidade com o objetivo de escolher um nome para ela.
Quando chegou lá, depois de uma hora de viagem, viu que a cidade era simples, havia muita mata, poucas pessoas e milhares de cachorros .
Clara percebeu a grande quantidade de cachorros e ficou muito intrigada com isso. Estava esperando até o final do passeio para perguntar a razão de haver tantos cachorros por lá.
Percebeu, ainda, como as casas eram inclinadas, como havia trens e que essa cidade fora importante no passado.
A menina adorava trilhas e lá fez uma, muito empolgante.
A qualquer lugar que ia, havia cachorros seguindo-a; na cidade existiam vários tipos de cachorros: Olho Furado - perdeu seu olho em uma briga; Olho colorido - filhote de uma cadela de olhos azuis e de um cachorro de olhos castanhos; Sem Pata - fora atropelado; Esteriquete - mudava de humor constantemente ; Sarnento – tinha sarna; Bonzinho, e muitos outros.
Quando o estudo do meio estava terminando, Clara perguntou a um dos monitores qual era o motivo de haver tantos cachorros no local. Ele explicou que as pessoas iam para a cidade e abandonavam seus cachorros lá. Clara ficou muito triste com a história, ficou pensando nela durante a volta para sua casa, o tempo todo.
Seu pai viu que sua filha estava triste e perguntou a razão. Clara disse tudo e depois teve uma brilhante ideia: já que seu pai era veterinário e tinha uma amiga que resgatava animais para doar, será que ele não cuidaria e castraria todos esses animais? Para depois serem doados a pessoas que gostassem de verdade deles.
Finalmente, Clara concluiu que o nome da cidade seria “A cidade dos cachorros”.